Em maio passado fiz parcela de uma banca de doutorado TOP cinco Simpatias Para Ajeitar Namorado Acessível E Rápido [Só As Melhores] . A tese era sobre isso John Milton, o candidato era Martim Vasques da Cunha e pela altura citou duas coisas que imediatamente repito. A primeira era que o autor não tinha só escrito uma tese de doutorado em Ética e Filosofia Política. Ele tentava desenvolver uma obra —passo a passo, de agonia em agonia— e a meditação a respeito do pensamento político de John Milton era uma continuidade em conexão a um livro anterior a respeito de Thomas More.
É viável que a modernidade, e a era das "ideologias" que ela consagrou, tenha esquecido essa ordem ética fundamental. A linguagem política, no mínimo a começar por Maquiavel, passou a tratar das dificuldades "exteriores" à vida dos homens. Quais os limites da ação governativa? Quais os direitos que assistem aos governados? O que é um regime legal? E o que fazer com um regime ilegítimo? Como Alinhar Um Rico Na Internet (por favor, Não Faça Isto) não foi citado por acaso. O que esse monstruoso pensador fez (e "monstruoso" em numerosas dimensões da palavra) não foi só uma cisão entre a moralidade cristã e a moralidade pagã, como comentou Isaiah Berlin.
Maquiavel foi ainda mais distante —e aqui Quentin Skinner é mais sagaz do que Berlim: ele operou uma cisão dentro da própria moralidade pagã. Quando o florentino, em "O Príncipe" ou nos "Discursos", faz uma apologia da "virtù" clássica, ele não está a prestar a tua homenagem aos antigos (como Cícero, a título de exemplo). Pra Maquiavel, "virtù" era nesta ocasião um aparelho para "mantenere lo Stato" —um instrumento que legitimava a crueldade, a farsa, a dissimulação.
E essa "ordem da alma", que é um interesse pré-político e sem a qual a "res publica" será a todo o momento um regime degenerado? Visto que bem: não há duas sem 3. Após Thomas More e John Milton, Martim Vasques da Cunha escreve sobre o Brasil por intermédio de alguns nomes "canônicos" da sua literatura.
É um problema ler "A Poeira da Glória" (título) como uma "inesperada história da literatura brasileira" (subtítulo). O centro do autor não é a literatura; é, como a toda a hora, as consequências éticas e políticas que a falta de "liberdade interior" nos escritores brasileiros provocou no nação. Isto é explícito em autores tão intocáveis como Machado de Assis, Oswald e Mário de Andrade - e até em Guimarães Rosa, um gênio da frase que se ficou somente por um "pacto diabólico" com as frases.
Contudo, se assim sendo foi, onde reside a dificuldade do "esteticismo" exclusivo? Quem Manda Em Residência é Malvino, Diz Kyra Gracie. Que Batalha Contra Machismo , este "esteticismo" exclusivo tem implicações pessoais, sociais e políticas que resultam do abismo entre a realidade e a fantasia que muitos escritores tomaram como realidade. Esse "baile de máscaras" começa por embotar o respectivo autor —e são pungentes, a título de exemplo, os textos confessionais de Lima Barreto— o seu "ennui" e o seu sentimento de "covardia". Ou, como Gonzaga de Sá comunica a Machado, haverá superior inferno do que estarmos somente condenados a "girar em volta" de nós próprios —como se fôssemos a besta pela jaula do ilustre poema de Rilke?
Mas existem bem como implicações sociais. Visto que um autor podes subestimar o real com o seu próprio real. Infelizmente, o primeiro não desaparece com o segundo. Habitar o universo é habitar os dilemas morais que a cada momento nos assaltam. A pergunta é óbvia: como lidar com tais desafios quando o único "massa muscular" que temos é estético e não ético? A resposta típica do intelectual é o ressentimento: tentar descobrir "lá fora" (nos pares, pela "nação", até em Deus) o que ele foi incapaz de descobrir "cá dentro". É um livro que nos surpreende, intriga questiona - e várias dessas inquietações estão no diálogo mais abaixo com o autor.
Mas uma coisa parece-me evidente: não será mais possível ponderar as letras no Brasil sem afrontar a robusta e fascinante interpretação que Martim Vasques da Cunha publica sobre o assunto. Você interpreta a "intelligentsia" brasileira como dominada pelo esteticismo, desprezando as dimensões éticas e transcendentais da vida. Ausência esclarecer o essencial: em razão de pretexto há essa preferência pelo esteticismo?
Desta forma você quer que eu conte a extenso surpresa do livro pros leitores (risos)! Você é qualificado de dizer um exemplo —da literatura brasileira ou universal— em que uma extenso obra literária surge despojada de qualquer propósito moral? Claro que sim —inclusive eu até adoro de muitas delas, todavia sempre fico com um pé atrás. ]. Pela literatura universal, queremos continuar com o simbolismo de Mallarmé, qualquer coisa esplêndido em termos estéticos, entretanto que não possui aquela fagulha que ajuda o sujeito a defrontar as ambiguidades da existência.
Sua análise de Machado de Assis é duríssima e a acusação é implacável: Machado era um fingidor, que usava o véu estético pra esconder quem era. Você não descobre que é possível dizer o mesmo sobre o assunto Fernando Pessoa? Você deposita uma extenso fé no poder da cultura como promotora das virtudes cardeais.